sexta-feira, 24 de junho de 2011

Fé...Louvor e Adoração - Castelo - ES

       Mais de 70 mil pessoas estiveram presente em Castelo para celebrar com muita Fé a Solenidade do Corpo e Sangue de Jesus Cristo.
       Com muito brilho e com temas atuais, os tapetes levaram ao povo, um momento de reflexão sobre os problemas existentes em nossa sociedade contemporânea . E também a devoção dos fiéis neste momento foi de muito louvor, Fé e Adoração...A festa de Corpus Christi foi encerrada com Missa Solene presidida por nosso Administrador Diocesano Pe. Antonio Tatagiba Vimercat e co-celebrada pelos padres da Paróquia Nossa Senhora da Penha e demais padres da região. 
       Quem esteve presente pôde adorar com muito amor, Jesus na Hóstia Santa.  
       Sem duvida este momento foi de Fé, Louvor e Adoração.































quarta-feira, 22 de junho de 2011

Corpus Christi

 CORPUS CHRISTI – A grande festa do Santíssimo Corpo e Sangue de Jesus Cristo

“Eu sou o pão vivo que desceu do céu, quem comer deste pão viverá eternamente. E o pão, que eu hei de dar, é a minha carne para a salvação do mundo”. (Jô 6,51)

            Esta celebração recorda o mistério da encarnação de Jesus, que veio ser o nosso companheiro e alimento em nossa caminhada diária de peregrinos que somos neste mundo.
            Através da eucaristia que é o banquete sagrado no qual a assembléia participa dos bens, do sacrifício pascal e renova a aliança feita por Deus com toda a humanidade uma vez e para sempre no sangue de Cristo. È essa comunhão diária com Jesus, que nos remete a uma presença viva, é isto que nos dá força e coragem.
           

“A Solenidade do Corpo e Sangue de Cristo foi instituída pelo Papa Urbano IV, em 1264, a partir de uma festa já existente na Diocese de Liege, Bélgica, de onde o papa provinha”.


            Naquele ambiente havia dúvidas sobre a presença real de Jesus na Eucaristia, e surgiram heresias que a negavam... um acontecimento extraordinário vivido como a transformação da hóstia em carne e sangue durante uma missa celebrada em Bolsena, Itália, pelo sacerdote Pedro de Praga, em 1263, que antes duvidava da presença de Jesus no pão consagrado; todo esse contexto levou à celebração dessa festa solene Procissão, o que, aos poucos, foi se consolidando por toda a Igreja Católica. Os objetivos declarados eram honrar e adorar Jesus Cristo, pedir perdão pelos pecados e ofensas a Deus como também reafirmar celebrativamente a presença real de Jesus no Santíssimo Sacramento.
            As reflexões a seguir são inspiradas numa homilia do então cardeal Joseph Ratzinger, hoje Papa Bento XVI.

Três pilares constituem o sentido dessa Festa:
1°. Reunião em torno do Senhor e, ao mesmo tempo, o estar de pé junto aos irmãos.
2°. Caminhar com o Senhor, conduzidos por Ele.
3°. Ajoelhar-se diante do Senhor, prostração e glorificação jubilosa na sua Presença.

1°. Estar junto ao Senhor: Estação
            “O pão que partimos não é o Corpo de Cristo? Já que há um único pão, nós, embora muitos, somos um só corpo, visto que participamos desse único Pão”. (1 Cor 10, 16b-17)
            Alimentando-nos do mesmo Pão, o Corpo do Senhor, tornamo-nos um só organismo vivo, nós participamos de Sua divindade, somos assumidos nEle e na sua Unidade com o Pai e o Espírito Santo.
             A Festa da Eucaristia nos congrega, a nós, tão solitários na grande cidade, individualizados e com dificuldade de comunicação. O Senhor, com seu Amor e pela sua Palavra , nos faz entrar em comunhão. Estamos de pé junto a Ele e uns junto aos outros, prestando mútuo reconhecimento e buscando conviver sem violência, na Igreja e na sociedade.

2°. Caminhar com o Senhor: Procissão
            “Senhor, a quem iremos? Tens palavras de vida eterna e nós cremos e reconhecemos que és o Santo de Deus”. (Jô 6,68)
            Para nos encontrarmos, tanto existencial como fisicamente, é pressuposto um movimento no qual cada um deve sair de si e ir em direção ao Senhor e aos outros: deixar as seguranças enrijecidas e dissolver idéias de denominação, fruto do medo de perde-se e do medo do confronto com os diferentes...
            Buscar o Senhor e, porque Ele está conosco na sua inabarcável grandeza e misericórdia, buscar as outras pessoas, seus estranhos pontos de vista e modos de interpretação.
            Confiar naquele que se faz Pão para nós nos abre para um movimento de ouvir, de acolher, de superar o unilateral e imposto ditado, nos liberta das duplas e triplas máscaras e armações.
            A procissão eucarística de Corpus Christi significa não apenas caminhar em direção ao Senhor, mas ir adiante com Jesus. A procissão é um aspecto do acontecer eucarístico: o Senhor, que é Pão para nós é também aqui aquele que indica o Caminho, é Ele que nos conduz. Assim como o Povo de Israel, nós também, a Igreja, atravessamos desertos. Em paisagens confusas, a Palavra de Jesus é nossa Orientação, onde falata alimento e nos encontramos famintos e sedentos. Ele é nosso Pão da Vida. Podemos encontrar a terra da liberdade e, depois de graves perdas, outra vez reconstruirmos porque não vivemos só do pão, mas da Palavra de Deus, nossa Força de Vida.
            Nossa vida toda é peregrinação que somente não se perde no abismo e pode alcançar a terra da promessa se estiver sob a condução daquele que é Pão e Palavra, sustento, conforto, direcionamento. Caminhar com o Senhor é o sinal e a tarefa desse dia.
           
3°. Ajoelhar-se diante do Senhor: Adoração
            “Diante de mim se dobrará todo joelho”. ( Is 45,23)
            “Ao Nome de Jesus todo joelho se dobre no céu, na terra e debaixo da terra”. (Fil. 2,10)
            Na Eucaristia está presente o próprio Senhor e então a atitude que nos corresponde é a Adoração. Receber o Senhor que se dá a nós significa ao mesmo tempo prostrar-se diante dele como nossa medida, glorifica-lo amorosamente, adora-lo num encontro desses dois movimentos: amor e reverência.
            È diante de nosso Criador e Salvador que nos ajoelhamos, com amor e obediência: na sua Verdade está garantida a liberdade e também a nossa recusa de submissão servil a poderes humanos que pretendam tolher nossa dignidade.
            Além disso, nós nos prostramos diante daquele que se ajoelhou para nos lavar os pés e por isso não somos escravizados, mas transfigurados por ele, na sua Luz e na sua Graça.
Fonte: Todo conteúdo foi retirado da Revista Vitória
Pe. José Pedro Luchi
Ano VI     /      n°. 5      /         JUNHO  de 2011