quinta-feira, 12 de maio de 2011

O vírus da Vocação

Normalmente, é durante a juventude que o vírus ataca, levando o “paciente” a procurar tratamento.

É próprio de nós, jovens, nos perguntarmos sobre o que é vocação. As respostas que damos, normalmente são muitas e diversas. O fato é que continuamente nos confrontamos com dilemas que não são simplesmente profissionais; são dilemas que se referem mais ao ser do que ao fazer. Para que você, amigo jovem, possa compreender um pouco mais sobre tudo isso, basta que fique “esperto” com relação ao vírus da vocação.

O que é o vírus da vocação?
É um vírus que ataca a todos, em especial a nós, jovens. Do ponto-de-vista psicológico, poderíamos dizer que ele se refere às características ou aptidões individuais que cada um de nós tem para desempenhar, com eficiência e qualidade, atividades que nos trazem realização pessoal. As habilidades se juntam ao gosto pessoal. Assim, um tem gosto e habilidades para ser jogador de futebol, outra para ser atriz, outro para ser sociólogo e assim vai. Poderíamos apresentar este vírus como o gosto e as capacidades para realizar um serviço que nos traga satisfação pessoal.

Mas podemos pensar este vírus de uma forma mais ampla, se levarmos em conta que o ser humano é também espiritual e, portanto, aberto ao transcendente e ao diálogo com Deus. Neste caso, a vocação se apresenta como um encontro entre Deus e o ser humano; Deus chama e a pessoa responde. Tendo presente que sempre que Deus chama alguém, é para confiar-lhe uma missão, podemos dizer que este encontro nos levará a realizar um serviço concerto no mundo, que não apenas nos traz realização pessoal, mas que seja também um real serviço aos nossos irmãos.
É bem verdade que nem todos somos chamados à mesma vocação, mas cada qual é chamado a desempenhar um papel no mundo e a deixar nele sua marca positiva na construção da história. Para alguns de nós esse chamado de Deus é mais comprometedor, para sermos sacerdotes, irmãos ou irmãs, missionários/as dispostos a dar a vida na construção do Reino.

Como o vírus é contraído?
É contraído através de nossas experiências pessoais e sociais que fazemos todos os dias, e de nossa abertura de coração à voz de Deus. Esse chamado pode vir por caminhos diversos: acontecimentos que marcaram nossa vida, apelos interiores através de uma voz que sussurra lá no fundo do nosso coração, pelo convite de outras pessoas, por uma leitura da palavra de Deus, pelo clamor do povo e outros mais. Pode ser contraído também pelo encantamento provocado pelo mistério trinitário: o esplendor do Pai, a missão do Filho e a força do Espírito Santo. Este vírus se instala em nosso organismo, ou mais especificamente, em nosso coração.
Quais os sintomas?
Os primeiros sintomas que indicam que contraímos o vírus da vocação são: dúvida, insegurança ou uma certa angústia. Queremos encontrar nosso caminho! Num segundo momento, estes sintomas, através da oração e da reflexão, vão se transformando em certeza, realização, convicção, satisfação ou uma sensação de felicidade. Sentiremos, então, uma vontade muito grande de vivenciar o amor cristão, que se transforma em ações vitais concretas em favor dos irmãos. Começamos a nos sensibilizar, a sentir compaixão e indignação diante do sofrimento e da angústia de nossos irmãos marginalizados, injustiçados e excluídos da sociedade.
Qual é o tratamento?
O paciente deverá se tratar com muita reflexão e com altas doses de entusiasmo, alegria e muita oração, além de uma busca incessante por sua realização existencial, tendo sempre Jesus como o grande médico. Mas não esqueça: em caso de sérias suspeitas de vocação sacerdotal, religiosa ou missionária, procure uma congregação que possa acompanhar e tratar seus sintomas.

Autor: Sedenir Fiore

Vocação

Quando na nossa vida cotidiana procuramos uma opção preferencial, normalmente nós jovens nos encontramos com um inconveniente; não sabemos para onde orientar nossa vida! E começamos a viver uma das crises mais fortes da vida, pois desta decisão dependerá nosso futuro imediato. Oferecem-nos uma gama de elementos que nos levam a distinguir as facilidades das opções do mundo os planos de estudos o interesse por algumas carreiras especialmente por aquelas que ajudem na realização humana; conforme a sociedade o necessita; mas o certo é que depois de finalizá-las ficamos com uma sensação de vazio; não nos levam a realização que esperávamos.

Por que isso acontece? A resposta é bem simples. O homem procura, por natureza, sua própria satisfação; mas esquecemos que o homem é um ser que crê, que está ligado a um ser supremo, a alguém a quem podemos chamar Deus, aqui não importa o credo, a condição social, ou o nível econômico. Esse alguém nos chama a compartilhar com ele a vida, mas se o que nos preocupa é a realização humana, logo então esse alguém fica eliminado de nossos projetos, queremo-nos realizar  como profissionais. Mas como nós poderemos nos realizar  humanamente, se estamos deixando de lado, um campo essencial da pessoa humana como  é o espiritual o campo da fé?

Quando nos arriscamos a pensar, não somente no lado econômico na realização humana segundo os padrões materiais do mundo, mais também na minha felicidade, na minha realização como pessoa, aonde o que importa não é tanto o obter um bem material mais o descobrir o porquê da minha opção, realiza-me a mim e a outros junto comigo. Na verdade não sou só eu que obtenho benefícios da minha opção, mas também outros resultam beneficiados, é aí onde estamos entrando no âmbito do serviço, no âmbito da doação da pessoa mesma, no âmbito, já não de uma carreira, mais de uma Vocação. Exatamente esta é a parte onde nós lhe damos o verdadeiro lugar a esse alguém do qual falamos faz um momento e o convidamos a ser parte da nossa realização, é aqui onde nos descobrimos como pessoas.  A vocação nos ajuda na realização pessoal desde a perspectiva da fé.

Finalmente nos perguntamos: O que é a vocação? A vocação é um chamado desse alguém (Deus) que nos convida a transformar nossa vida, poderíamos dizer que é um diálogo com Deus, mas é um diálogo com uma chave, o amor. E um diálogo amoroso com Deus. Este diálogo nos interpela, nos incita a dar uma resposta; e essa resposta deve ser dada numa situação e contexto histórico concreto. Deus nos chama assim como nós somos, nos pede participar de algo; e esse algo se  constituirá na nossa missão, a resposta dada é parte da missão que todos temos que realizar, não como obrigação como um agradecimento a voz amorosa de Deus.


Fonte: Vocação

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Eleito o novo Bispo da Diocese de Cachoeiro de Itapemirim

Depois de exatos 11 meses de espera o dia 27 de abril entra para a história da Diocese de Cachoeiro de Itapemirim, com a nomeação do seu 4º Bispo Diocesano em seus 53 anos de criação.

O Papa Bento XVI anunciou nesta quarta-feira, 27, a Nomeação de Dom Dario Campos como novo Bispo Diocesano da Diocese de Cachoeiro de Itapemirim - ES
.




Dom Célio de Oliveira Goulart
O antecessor de dom Dario foi dom Célio de Oliveira Goulart, 66, que desde 17 de julho de 2010 é bispo diocesano de São João del-Rei (MG). Dom Célio foi bispo de Cachoeiro de Itapemirim entre julho de 2003 e maio de 2010. Após a transferência de dom Célio assumiu a administração diocesana de Cachoeiro o padre Antônio Tatagiba Vimercat. A decisão foi tomada pelo Colégio de Consultores Diocesano que, após cinco dias da transferência elegeu o administrador.

Dom Dario Campos
Dom Dario Campos é natural de Castelo (ES). Nasceu em 9 de junho de 1948 e fez sua profissão religiosa em 10 de janeiro de 1975. A ordenação presbiteral ocorreu em dezembro de 1977 e a episcopal em 26 de setembro de 2000. Entre 2000 e 2001 foi Bispo Coadjuntor de Araçuaí. No dia 23 de junho de 2004 assumiu a função de Bispo da Diocese de Leopoldina - MG, onde estava até ser nomeado Bispo da Diocese de Cachoeiro, neste dia 27 de abril de 2011.
O novo bispo de Cachoeiro de Itapemirim estudou filosofia e teologia no Instituto Filosófico-Teológico Franciscano de Petrópolis (RJ) e se especializou em filosofia e pedagogia na Faculdade Dom Bosco de São João del-Rei (MG).

Seu lema episcopal é: "Nas tuas mãos".
A vacância
Há exatos 11 meses o Papa Bento XVI anunciava a transferência do então Bispo Dom Célio de Oliveira Goulart para a Diocese de São João del Rei - MG, que iniciou o seu pastoreio em sua nova Diocese no dia 17 de julho de 2010, deixando a Diocese de Cachoeiro oficialmente vacante desde então.

No dia 21 de julho, 5 dias após a saída de Dom Célio, em reunião realizada na Cúria Diocesana, o Colégio de Consultores da Diocese escolheu o Pe. Antônio Tatagiba Vimercat como Administrador Diocesano, que assumiu a função no mesmo dia de sua escolha e assim permanecerá até a chegada de dom Dario

Desde o dia 26 de maio de 2010, data que o então Bispo Dom Célio de Oliveira Goulart anunciou a sua transferência, toda a Diocese de Cachoeiro esperava ansiosa pela nomeação do seu novo Bispo, fato que enfim ocorreu nesta manhã.

Dom Dario... Seja muito bem-vindo, o teu rebanho já o aguarda ansioso.

Fonte: CNBB

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Semana Santa

Este é um momento de reflexão... Que a Semana Santa
leve  o  ser  humano a rever  seus  atos,  principalmente 
os  de  violência.  Somente com a Paz poderemos viver 
num mundo mais fraterno e justo...

sábado, 16 de abril de 2011

Domingo de Ramos

     Este dia marca o início da Semana Santa, período em que Jesus   Cristo se apresenta como o “Servo sofredor”, que dá sua vida em martírio na cruz. Ele mostra o caminho da não violência. A vida não é fruto de vingança, de projetos maquinados, mas de entrega e respeito fraterno.
Numa cultura marcada por tanta violência, o povo acaba perdendo o ânimo, caindo em prostração e desesperança. É hora de construir a esperança, que vem sendo minada com as atitudes desumanas e destruidoras, diariamente acontecendo ao nosso redor.
O que assistimos, a todo instante no cenário da violência, revela uma falta de fé e de confiança em Deus muito grande. É perda de sensibilidade humana, de respeito e de valor da pessoa na sua dignidade. Deus não abandona o seu povo, e é nele que devemos buscar socorro e força.
As pessoas de cabeça erguida devem demonstrar firmeza e determinação em profunda solidariedade com os abatidos e cansados. É hora de espalhar o fermento novo da justiça e da caridade. Tudo isto supõe escuta atenta da Palavra de Deus, que é fonte de vida.
O Domingo de Ramos abre caminho para o clima da Semana Santa, quando Cristo é recebido de forma triunfal em Jerusalém, acolhido pelo povo com ramos nas mãos. O seu jeito simples e coerente, montado em um jumento, atraía multidões, mas provocava a ira orgulhosa das autoridades judaicas.
Agora é, para ele, um caminho de mais sofrimento, mesmo tendo passado a vida fazendo o bem e sendo fiel ao projeto do Pai. Jesus, com todo o poder, tinha um lugar social diferente das autoridades do seu tempo. Despojado de poder, era solidário com os fracos e pequenos. Isto fazia a diferença.
As cenas da Semana Santa são de humilhação para o Servo sofredor. Jesus caiu nas mãos dos zombadores, foi desnudado, coroado de espinhos, cuspido no rosto e recebeu injúrias. O motivo principal é porque tinha que ia destruir o Templo, onde o Sinédrio alimentava seu poder e manipulava o povo.

Dom Paulo Mendes Peixoto
Bispo de São José do Rio Preto - SP
(Fonte CNBB)

sábado, 12 de março de 2011

Quaresma: o caminho da Páscoa


   A
 Quaresma inicia-se na Quarta-Feira de Cinzas e se estende até a manhã da Quinta-Feira Santa. São 40 dias em preparação para a Páscoa. Os primeiros registros de que os cristãos faziam um preparação pré-pascal remontam ao inicio do século 4º no Oriente, e ao fim do mesmo século, no Ocidente. No entanto, desde o século 2º os cristãos jejuavam para esperar a Páscoa. A opção pelos 40 dias tem estreita ligação com o simbolismo bíblico.

            Quarenta dias – Biblicamente o 40 é o número da espera, da preparação, de penitencia, do jejum e até do castigo. Recorda-se os 40 dias que choveu durante o dilúvio (cf. Gn 7,4). Moisés esperou 40 dias para receber as tábuas da lei no monte Sinai. Os israelitas peregrinaram 40 anos no deserto em preparação á entrada da Terra prometida (cf. Ex 16,35). A cidade de Nínive fez penitência durante 40 dias para escapar do castigo divino. Elias viajou durante 40 dias até chegar ao monte Horeb, onde Deus se manifestou na brisa (cf. 1Rs 19,8). Jesus jejuou 40 dias no deserto, preparando-se para a sua missão (cf. MT 4,3; Mc 1,13; Lc 4,2). Após sua ressurreição, Ele apareceu durante 40 dias aos discípulos (cf. At 1,3). Quaresma é, portanto, um número redondo e provisório, que indica um tempo de preparação para algo que virá.

            O sentido pascal da Quaresma – A Quaresma não pode ser vivida como um tempo de sacrifícios e sofrimentos desconexos da vitória de Cristo na Páscoa. Na verdade, participamos dos sofrimentos de Cristo para participarmos também de sua glória. Preparados e purificados pelo tempo penitencial, renovamos nossa consciência de batizados: banhados e iluminados em Cristo.

          Tempo batismal e penitencial - O Concílio Vaticano II insistiu na dupla índole  da Quaresma: batismo e penitência. Fala-se da dupla conversão. A primeira, quando somos batizados; e a segunda, na reconciliação penitencial. A Quaresma é a época privilegiada para a preparação ao batismo de adultos.

            Renovar o batismo – Trata-se de se tornar mais discípulo, seguidor de Jesus. Através do batismo, Cristo nos converteu e nos reconciliou com o Pai. Pela sua morte na cruz e por sua ressurreição, somos uma nova criatura, banhados e iluminados pela ação de Deus.

            Fazer penitência -  A penitência cristã está fundada no batismo, pois, quem cai no pecado renova a aliança com Deus através do sacramento da reconciliação. O pecado, o egoísmo e o fechamento de cada dia rompem nossa relação com Deus. Ele sempre é fiel ao seu plano e por isso dá novas oportunidades para nos voltarmos a Ele. A conversão, entretanto, supõe arrependimento, mudança de atitude e reparo do mal causado. Faz-se necessário abandonar velhos vícios, condutas e posturas que nos impedem de ver Deus e amar os irmãos. È tempo de encher-se de um vento novo. è o sopro de Deus que faz novas todas as coisas.

Práticas quaresmais: oração, jejum e esmola

            A Quaresma propõe exercícios que evidenciam o caráter da conversão. Na Quarta-Feira de Cinzas, escuta-se o Evangelho de Mateus (cf. Mt 6,1-8.16-18), no qual Jesus faz referência à esmola, à oração e aos jejum. São posturas que visam novas relações do ser humano consigo mesmo, com os outros, com as coisas criadas e com Deus.
            A oração – Não é uma tentativa de pedir que Deus cumpra a nossa vontade, mas é um entrega total e generosa nas mãos do Pai. Intensificando a oração, o cristão tem maior abertura para Deus, não apenas para pedir ou agradecer, mas para escutá-lo. Através da oração, o Espírito Santo nos conduz para rezar ao Pai, como o Filho nos ensinou. Quem reza percebe que nenhuma tribulação ou euforia deste mundo dura para sempre. “Tudo passa, só Deus basta” – como disse Santa Tereza de Jesus. Em tempos de tanta agitação e ativismo, muitos se esquecem de cultivar essa comunicação amorosa com a Trindade. Na oração quaresmal, recordamos o Cristo que rezava nos desertos, nas montanhas, nos jardins. A oração é um diálogo com Deus. Falamos e escutamos. Sem a oração não nos convertemos.
           
            O jejum – A prática do jejum quaresmal está limitada à Quarta-Feira de Cinzas e à Sexta-Feira Santa. A abstinência de carne é prevista para as sextas-feiras da Quaresma. São gestos externos que revelaram a conversão interior. Não pode ser um formalismo. è inútil abster-se de alimentos sem mudar a mentalidade e rejeitar o que nos afasta de Deus. Não é um desprezo do corpo, nem das realidades do mundo. O que é visível e material é necessário para o equilíbrio da vida. O principio fundamental do jejum não é o sofrimento da vida. O principio fundamental do jejum não é o sofrimento em si mesmo, mas a dor transformada em amor. è o grão de trigo que morre para produzir mito fruto (cf. Jô 12,24). Esta prática permite unificar o nosso ser e a nossa relação com as coisas criadas. A comida e a bebida simbolizam tudo o que envolve o se humano. Abster-se um pouco delas revela que não nos deixamos escravizar pelas coisas deste mundo. Jejuar é controlar-se, é esvaziar-se de si para dar espaço para Deus e para valores que estão além do mundo visível.

            A esmola – Não há conversão a Deus sem atenção ao amor fraterno. A esmola é traduzida em gestos de caridade. Ela visa melhorar o nosso relacionamento com o próximo. Dar esmola é dar de graça, sem pensar na recompensa. È uma atitude de compaixão. Através deste ato, rompe-se as barreiras do individualismo egoísta, do narcisismo e do fechamento. Celebra-se o compromisso comum de viver a partilha e a comunhão. O amor gratuito não doa apenas coisas, mas também tempo e acolhida ao outro. A esmola pode não superar todos os problemas sociais, mas é um exercício contínuo de promoção humana. Nada mais estranho ao Evangelho do que o cinismo e a apatia em relação ao outro.

            Como celebrar a Quaresma – Por ser um tempo penitencial, de volta ao Pai, de refazer o caminho da vida, é preciso valorizar os sinais comunitários que indicam essa condição. Destaca-se o ato penitencial nas celebrações para cantar misericórdia de Deus que acolhe quem se afastou e deseja voltar para a Casa do Pai. O madeiro da cruz ganha destaque como caminho necessário para a Páscoa. Dentre os gestos, o estar de joelhos revela a condição humana que se prostra e adora o mistério do amor misericordioso de Deus. È uma época especial para o sacramento da reconciliação e para as celebrações comunitárias. A piedade popular nos convida à via-sacra para trilharmos, com Jesus, o caminho que passa pela cruz, mas que conduz à ressurreição. O espaço litúrgico é ornado da cor roxa, sinal de penitência. Não se utilizam flores. Não se canta o “Glória” nem o “Aleluia”. Para acentuar o caráter batismal, é importante usar o rito de aspersão com água nas celebrações.

Tempo da Campanha da Fraternidade

            No Brasil, vive-se o período da Campanha da Fraternidade. È um esforço de toda a nossa Igreja para viver a Quaresma em sua dimensão comunitária e social. “A penitência quaresmal não deve ser apenas interna e individual, mas também externa e social” (Sacrossanctum Concilium). Sem se esquecer das mudanças pessoais, a Igreja nos faz abrir os olhos para situações que precisam de cuidado e atenção. Busca-se assim, assumir a missão do Mestre Jesus: “Para que todos tenha, vida em abundância” (Jô 10,10).

            Tempo da compaixão – A Quaresma nos ensina o caminho da purificação e da iluminação. Nela acolhemos as palavras de Jesus: “Convertei-vos e crede no Evangelho” (Mc 1,15). Não é uma simples mudança de vida, mas é a acolhida do amor de Deus, que reconcilia o mundo consigo. È tempo de reconhecer a infidelidade, a falta de conversão, de arrependimento, de acolhida e do perdão que sai do coração do Pai. O período quaremal leva-nos a uma atitude de acolhida do amor misericordioso que vem de Deus e nos interpela para amar os irmãos com solidariedade e compaixão. È tempo de viver a compaixão com Cristo e com os irmão.


Padre Leomar Antônio Brustolin
Pertence ao clero da Diocese de Caxias do Sul (RS)
e é doutor em Teologia Sistemática. Professor de Filosofia e Sociologia
 e coordenador dos cursos de pós-graduação (lato-sensu) em Teologia Pastoral
 e Ensino Religioso, na Universidade de Caxias do Sul.

segunda-feira, 7 de março de 2011

Campanha da Fraternidade 2011

           Neste ano, a CNBB (Conferencia Nacional dos Bispos Brasileiros), propõe para 2011, a Campanha da Fraternidade, com o tema: “Fraternidade e vida no planeta”, e como lema: “A criação geme em dores de parto (Rm 8,22)”. Nesse intuito, a CNBB, propõe a todas as pessoas, a terem um novo olhar para a natureza, e que percebam, como que aos poucos, o Homem, vem acabando com o nosso Planeta Terra.
            Essa campanha aborda principalmente o tema do aquecimento global, e das mudanças climáticas, que a cada ano, é mais intensa e crescente. Esse desequilíbrio ambiental, já vem sendo discutido a um bom tempo, e á pesquisadores, que afirmam que o aquecimento global, é devido aos próprios processos naturais, e á os que afirmam que o planeta está apresentando aquecimento, devido ás grandes quantidades de emissões de gases de efeito estufa, que se intensificam com a industrialização acelerada.
            Nos últimos anos, estamos sentindo de perto os gemidos de nosso planeta, sejam elas em terremotos ou inundações. E essa campanha, vem nos alertar, que ainda a tempo de reverter essa situação, que poderemos então, transformar esses gemidos de dor em gemidos de amor e esperança.
Essa campanha vem nos alerta que não é só a maioria das pessoas, que devem se preocupar com o nosso planeta, (planeta este que é a nossa casa), e sim, para que todas as pessoas possam ser fraternas, e juntas gerar novas ações que nos levam a um bem comum.
            Os objetivos gerais dessa campanha, é contribuir para a conscientização das comunidades cristãs e pessoas de boa vontade, sobre a gravidade do aquecimento global e das mudanças climáticas, e motivá-las a participar dos debates e ações que visam enfrentar o problema e preservar as condições de vida no planeta (cf. texto base – CF 2011).
            Para que nesse período quaresmal, possamos refletir sobre o nosso Planeta, e que possamos vivenciar o nosso próprio batismo, e juntos, como povo unido em Cristo, possamos propor novos caminhos para a superação dos problemas ambientais, relacionados ao aquecimento global. Que o Senhor da Vida nos abençoe em nossa caminhada quaresmal.